Viagem nos Urbanos do Porto

 

 

 

 

 

Cête-Ermesinde-Braga-Lousado-Guimarães-Ermesinde-Leça do Balio-Ermesinde-Porto Campanhã-Aveiro-Porto São Bento-Cête.

12-08-2010

 

Comecemos por contar o número de comboios que andei no dia 12 de Agosto de 2010 e chegamos à conclusão que foram onze comboios.

Tudo começou pelas 9:27 na estação de Cête, uma pequena vila do concelho de Paredes, distrito do Porto. Para alguém que está habituado a viajar nesta linha por diversas vezes e que no ultimo ano e meio este foi o meu meio de transporte para o trabalho e curiosamente este mesmo comboio. Conto-vos um pouco da paisagem vista nesta linha entre Cête e São Martinho do Campo. Durante este espaço é composta por vegetação, pinheiros e eucaliptos para ser específico, com algumas casas pelo caminho, nada de prédios altos, aprece um de vez em quando. A partir de São Martinho do Campo começamos a avistar o núcleo urbanos de Valongo mas passando Suzão entramos em plena vegetação mas por pouco tempo porque estamos em Cabeda e já se começa a ver um grande núcleo urbano, o de Ermesinde. Às 9:52 era o fim desta primeira viagem em Ermesinde.

Estamos na estação de Ermesinde, uma grandiosa estação, dotada de cinco linhas para entrada de passageiros e uma de resguardo e também serve para passagem de comboios de mercadorias. A sua gare tenta “imitar” a estação do Oriente (Lisboa) mas fica muito bonita assim.

Às 10:02 partimos em direcção a Braga. Pelo caminho apanhamos um misto de paisagem, temos muitas fábricas encostadas à linha-férrea, algumas com ligação a ela para exportarem as suas mercadorias. Até São Romão de Coronado temos esta paisagem, em diversos pontos temos a auto-estrada a fazer-nos companhia. A partir de São Romão vamos apanhar um pouco de vegetação e campos de cultivo, mas coisa pouca. No momento da viagem ainda se faz pela velha estação da Trofa que futuramente irá servir ao Metro do Porto. O apeadeiro da Senhora das Dores e a estação da Trofa estão muito degradados e até Lousado fazemos o percurso por uma simples via e em muito mau estado (claro que não iam arranjar se já sabiam que era para deitar tudo abaixo).

Quando abrirem a nova passagem será muito melhor mas o apeadeiro da Senhora das Dores desaparecerá para sempre e a cidade da Trofa terá uma estação novinha em folha que tanto merece. Chegamos a Lousado e daqui até Vila Nova de Famalicão veremos pequenas casas e muitos campos, nesta altura predominantemente de milho. Uma paisagem sossegada mas sem nenhum ponto relevante de interesse que possamos observar. Temos dois terminais ferroviários para areia, madeira e material diverso durante o caminho.

Em Famalicão encontramos um núcleo urbano já com bastante crescimento. Em direcção ao Norte, mais precisamente Braga temos pelo caminho a grandiosa estação de Nine, servida com cinco linhas de passageiros, a linha três e quatro servem o ramal de Braga, a linha cinco para as partidas e chegadas de comboios de ou para Viana do Castelo e as linhas um e dois para os comboios provenientes do Porto, Valença ou Vigo.

Aqui despedimo-nos da linha do Minho e entramos exclusivamente no Ramal de Braga. Temos o mesmo figurino em relação à paisagem encontrada ente Lousado e Famalicão, campos e casinhas, também algumas igrejas a serem avistadas ao fundo da paisagem. Continuamos assim até Ferreiros propriamente. A partir daí ou um pouco antes vemos a auto-estrada e um núcleo urbano, com prédios, uma grande cidade “metida” num vale, pois nota-se montanhas à volta da densidade urbana.

Pelas 10:58 finalizamos a segunda viagem, esta com destino em Braga. Aqui encontramos uma estação totalmente modificada, com a antiga “embutida” no betão que limita a estação. Mas o edifício antigo está bem preservado e nesta estação temos seis linhas para passageiros embora sejam só utilizadas três linhas maioritariamente, uma para o serviço urbano entre Famalicão e Braga, outra para o urbano entre Porto e Braga e por fim uma para o serviço Alfa que linha Braga a Lisboa.

Às 11:30 depois de uma pequena volta pela avenida adjacente à estação de Braga partimos em direcção a Guimarães que é o nosso destino agora. A paisagem? È a mesma até Lousado só que desta vez fiz do lado oposto ao que vim para braga para ver e realçar neste texto sobre a viagem. Digamos que é a mesma. É tudo um pouco rural. Chegamos a Lousado às 12:06 e por aqui ficamos até vir o nosso comboio para Guimarães.

Como hoje era o Dia da Juventude pude ver o museu do comboio situado em Lousado. Já que também era gratuito viajar de comboio para quem tivesse entre 12 e 25 anos, por isso decidi fazer esta viagem circular nos transportes urbanos do Porto, utilizando o comboio urbano.

Neste museu encontram-se várias peças utilizadas na indústria no passado mas também velhas cancelas e portões das estações. Mas a colecção só fica completa com as máquinas registadoras, candeeiros, bancos, bilheteiras, armários, secretárias, placas e antigos horários das “Linhas do Passado”. Também pude observar três mesas de controlo de tráfego ferroviário, duas sei que pertenceram às estações de Lousado e Ermesinde, a outra já não tenho a certeza mas penso que era de Contumil ou Porto-Campanhã pois era enorme. O que pude ver que é muito precioso num caminho-de-ferro e não é o material circulante, nada mais que um instrumento para mudar as agulhas da linha, aquelas manivelas antigas em que se tinha de rodar a chave e depois puxar para o lado que queríamos.

Por fim pude ver o material circulante, começando por quatro locomotivas de via estreita, uma fez serviço na linha de Guimarães, outra na linha da Póvoa do Varzim, outra simplesmente dizia norte mas calculo que também seja de uma destas linhas, a última não vi de onde era ou onde fez serviço. Não pude deixar de ver uma automotora a gasolina, daquelas fabricadas em Portugal penso eu. Tinha lá uma carruagem presidencial e duas “locomotivas” que fazem a manutenção de via, tipo as dresine da Refer. Finda a visita ao museu, encontramos no parque da estação um “manobrador” que servia para dar a volta as locomotivas.

Nesta estação temos quatro linhas, duas do Ramal de Braga e duas da linha de Guimarães que se juntam um pouco à frente no sentido Porto.

Às 12:55 o nosso comboio para Guimarães dava entrada na linha três e outro procedente de Guimarães com destino ao Porto dava entrada na linha quatro. Nesta linha só pode haver cruzamento de comboios daqui até ao Porto e nas estações de Santo Tirso, Caniços, Vila das Aves, Lordelo, Vizela e claramente Guimarães, pelo simples facto de a linha só ter uma linha em toda a sua extensão e porque o espaço para ela poder ser alargada é pouco, o que faz ter alguns apeadeiros só com uma linha porque o local onde se inserem é apertado.

Esta linha antigamente foi de bitola métrica mas agora é de bitola ibérica, mas será sempre uma linha de estreita porque a característica dela é o curvar constante, o “serpentear a margem de um rio, neste caso o rio Ave (características existentes nas linhas de bitola estreita). Acompanha-nos na viagem desde Lousado até Vizela pelo lado direito de quem segue em direcção a Guimarães. Nesta paisagem temos a lamentar as várias fábricas Têxteis que estão abandonadas. Vê-se isso até Vizela principalmente e também temos várias passagens de nível.

Por muito que tenha sido modernizada terá sempre as curvas, passagens de nível e pouco espaço existente que lembrarão que outrora foi uma linha de bitola estreita, que ligou o Porto (Via Póvoa do Varzim) até Fafe. Temos um barulho constante durante a viagem que incomoda um pouco, é provocado pelo curvar constante por um comboio largo e rápido que circula a uma velocidade baixa até Vizela, para o que este comboio pode andar é pouco.

Antes de chegar a Vizela somo confrontados com duas enormes paredes de betão que nos “apertam”, o comboio é à medida para o local. Em Vizela e a partir daí encontramos mais casa, prédios e menos campos. Mas sempre com vegetação a acompanharmo-nos, já agora temos fábricas mas agora funcionam quase todas e claro são maioritariamente Têxteis. Chegamos a Guimarães pelas 13:33, o que vejo logo que me entristece é o estado de conservação da antiga estação, a apodrecer aos poucos. Mas temos uma estação de betão com quatro linhas de passageiros em que só duas são utilizadas maioritariamente. Além do serviço urbano entre Porto e Guimarães temos dois comboios diários entre Lousado e Guimarães e dois comboios Intercidades entre Guimarães e Lisboa.

Antes de chegarmos à estação podemos observar o Castelo de Guimarães, símbolo da pátria Portuguesa. À saída da estação encontramos um local calmo e longe do centro da cidade, ao fundo podemos ver no topo da montanha uma Igreja.

Finalizada a nossa volta rápida a Guimarães apanhamos o comboio das 13:54 que nos deixará em Ermesinde, a paisagem é a mesma mas desta vez sento-me do lado do rio. Em Caniços temos a antiga ponte que convém salientar, não pôde ser convertida para a nova linha por ser demasiado estreita e talvez estar bastante degradada, por isso construíram uma nova ao lado da antiga. À pouco não mencionei na viagem em direcção a Braga que entre a Travagem e São Frutuoso passamos pela fábrica da CIMPOR na Maia, um longo terminal rodo-ferroviário. Chegamos a Ermesinde pelas 14:57, mesmo a tempo para irmos a plataforma da linha para apanharmos o comboio da Linha de Leixões.

Às 15 horas e 6 minutos partimos em direcção a Leça do Balio. Só temos o troço aberto a passageiros entre Ermesinde e Leça do Balio, pelo meio temos duas estações São Gemil e São Mamede de Infesta.

Esta linha abriu aos passageiros sem levar umas obras de maior, pois ainda faltam construir os apeadeiros do Hospital se são João e da Arroteia e por fim remodelar a estação de Leixões para receber passageiros. Também precisa de obras de melhoramento nas infra-estruturas porque ao longo da linha vemos passagens de nível perigosas, estações abandonadas e fracos abrigos para passageiros. Esta linha só poderá recuperar a nostalgia de outros tempos quando ligar Leixões, até lá irá findar numa localidade escondida e industrial do Porto.

A nível de paisagem temos prédios, casinhas e casas, estradas e auto-estradas. Temos um núcleo urbano de uma grande cidade.

Durante esta pequena viagem que teria seu destino às 15:21 em Leça do Balio observei o anteriormente descrito. A viagem foi feita numa composição diferente, na Unidade Tripla Eléctrica (UTE) da série 2200 mas em amarelo que foi remodelado à pouco tempo.

A viagem de regresso fica marcada para as 15:39 com chegada a Ermesinde às 16:00, no curto tempo que estive em Leça pouco vi além de uma auto-estrada ao fundo e um monte em frente à estação. Tive o prazer de ter uma carruagem só para mim e também há a curiosidade de nesta linha haver dois policias a fazer a viagem devido aos casos de vandalismo registados nas composições.

Às 16:14 apanhava o comboio com destino a Porto-Campanhã aonde esperaria pelo comboio que me levaria a Aveiro.

A viagem entre Ermesinde e Campanhã não é nada de estranho para mim, estou habituado a viajar nesta linha. A paisagem? Um núcleo urbano em crescido, só casa, prédios e estradas é o que temos. Em Contumil podemos visualizar o parque de comboios, as instalações da EMEF, o edifício de controlo de tráfego e o de manutenção dos ALFA. Entre Contumil e Campanhã passamos por baixo da ponte da Auto-estrada. De um lado temos o mercado Abastecedor e o Cash & Carry Recheio e António Teixeira Lopes & Filhos, Lda. Do doutro temos o metro do Porto que finda no estádio do Dragão pertencente ao FC Porto. Chegando a Porto-Campanhã pelas 16:25 só nos resta esperar pelo comboio para Aveiro.

No tempo de espera podemos observar a estação que conta com 15 linhas de passageiros e uma “digamos” de resguardo, para passagem ou estacionamento de comboios.

A estação fica dividida em duas partes, a parte antiga e a nova. A antiga conta com 9 linhas de passageiros e a de estacionamento, esta parte poucas mudanças teve ao longo dos anos. Na linha 1 e 2 temos a linha do Minho e Douro para os serviços Regionais, Inter-regionais e Urbanos. Da linha 4 à 9 temos um número variado de serviços, tanto podemos ter os urbanos com destino a Granja, Ovar ou Aveiro como os Intercidades e Alfas procedentes de Guimarães e Braga respectivamente com destino a Lisboa ou Faro e também raramente mas existente o Regional com destino a Lisboa com partida de Porto-Campanhã. Na parte nova construída a quando a estação de metro temos um imponente edifício e 6 linhas de passageiros comas as partidas ou chegadas dos comboios Regionais do Pocinho, Régua, Valença e Viana do castelo ou o Internacional espanhol com destino a Vigo. Ao fundo temos a estação do metro do Porto que conta com duas linhas.

Em conclusão temos uma estação muito moderna com interface com o Metro e autocarros, mas temos o edifico antigo bem preservado e que aonde temos maioritariamente os serviços como bilheteira, sala de espera, cafetaria e sala de apoio ao cliente.

Às 16:55 parto em direcção a Aveiro num comboio com poucas paragens e de partida exclusiva desta estação.

Começamos por atravessar a Ponte São João Construída na década de 90 e inaugurada em 1991, podemos também observar a Ponte D. Maria Pia inaugurada a 1877 e encerrada em 1991 e foi da autoria da empresa de Eiffel, durante o período que esteve ao serviço serviu de ligação ferroviária entre o Norte e resto do país. Mas além disso podemos observar o Rio Douro e as praias fluviais do lado de Gaia.

Passamos o túnel e estamos na estação General Torres, daqui para a frente teremos muitas casas e prédios. Teremos também o parque ferroviário das Devesas (Gaia), neste percurso temos uma linha a ser renovada aos poucos e que apresenta algumas fragilidades, as estações e apeadeiros foram renovamos parcialmente e as travessas são em madeira o que numa linha com este movimento não deveria existir. A partir de Valadares já se começa a ver as praias e o Oceano Atlântico do lado direito de quem circula em direcção a Aveiro, o que nos proporciona uma vista fantástica então se forem em fim de tarde ainda melhor. Do outro lado teremos as vivendas e casa de praia, porque para este lado não são casinhas que apanhamos maioritariamente mas sim vivendas. A paisagem torna-se mesmo interessante quando passamos a estação da Granja porque até um pouco à frente da moderníssima estação de Espinho que é subterrânea, temos o comboio a passar entre a areia, nas dunas propriamente, é linda a paisagem. Continuamos a visualizar bem a praia até Ermoriz, daí para a frente vamos entrar em vegetação, com pinheiros mas acima de tudo muito campos pelo caminho, podemos encontrar as pequenas povoações que se cruzam connosco.

Chegando a Ovar temos uma estação tristemente envelhecida e sem obras nenhumas, a partir daí já se nota modificações, apeadeiros em estado renovado ou mesmo novos e desaparecem as travessas em madeira dando lugar travessas em cimento o que nos permite andar a uma velocidade elevada e por este comboio a andar perto da sua velocidade limite. De Ovar a Estarreja vamos ver muitos campos de milho, não é que já tivéssemos apanhado alguns antes mas daqui para a frente a até quase Aveiro temos muito disto nas margens da linha, pelo menos na época a que é feita a viagem, de invernos será claramente diferente a paisagem. Passando Estarreja vamos apanhar fábricas e assim, até passamos por uma zona industrial pelo caminho, em Cacia passamos pela fábrica de transformação do papel o que deixa um cheio desaconselhável, do outro lado podemos ver o rio Vouga e podemos ver um pouco da Ria de Aveiro. Entramos para dentro de vamos em direcção ao centro de Aveiro e finalizamos a nona viagem na estação de Aveiro pelas 17:44.

Nesta estação temos a maior parte dos serviços num túnel por baixo das linhas, o edifico antigo está bem preservado e os seus belos azulejos encantam quem chega a Aveiro. Falando da estação temos 7 linhas de passageiros, 5 para os serviços urbanos entre Porto e Aveiro que normalmente param entre a linha 2 e 5, a linha 1 está destinada para os serviços ALFA e Intercidades, também temos os regionais para Coimbra a saírem da linha 3 ou 4 normalmente. Nas linhas 7 e 8, és mesmo assim que estão numeradas temos o serviço regional com destino ou procedência de Águeda ou Sernada do Vouga que é feito em bitola métrica.

Dando uma pequena volta pela cidade encontramos uma enorme avenida em frente ao edifico da estação e como tempo é pouco temos que regressar rapidamente para às 18:19 partimos com destino a Porto São Bento, na viagem de regresso nada tenho a dizer que não tenha sido dito anteriormente excepto que passamos pela praia de espinho com o sol já a pôr-se e é uma imagem muito bonita. Decidi fazer o transbordo em São Bento porque queria aqui falar da paisagem entre São Bento e Campanhã, nada de especial a não ser poder visualizarmos o Rio Douro, as pontes do Infante, D. Luís, D. Maria Pia, São João e com um pouco de esforço vemos a do Freixo, passamos por três túneis, o maior aquele que nos deixa na estação de São Bento, antes de lá entrarmos podemos ver a zona ribeira e vestígios da linha que ligou Campanhã à Alfandega, agora só dá para ver uns poucos metros de carris e um túnel.

Às 19:25 estávamos Em Porto São Bento, nesta estação temos 6 linhas de passageiros, outrora foram 8 mas encerraram as duas de cada ponta, só com partida e chegadas de urbanos, de longe a longe temos um comboio regional da linha do Douro.

Às 19:30 partíamos em direcção ao meu destino nesta viagem, Cête. A viagem não demora muito e da paisagem já está tudo contado, Pelas 20:05 estamos em Cête que é o fim deste dia.

Falta o resto da Linha até Caíde com serviço urbano regular mas os urbanos do Porto na Linha do Douro vão até ao Marco de Canavezes com ligações entre Caíde e Marco, porque este troço da linha está por electrificar.

Claro que já fiz esta viagem algumas vezes e sei a paisagem que se pode encontrar. De Cête até Paredes vamos encontrar um ambiente rural, campos de cultivo vamos ter o rio Sousa do lado direito para quem vai em direcção ao Marco, Temos em Irivo o terminal rodo-ferroviário de abastecimento de madeira principalmente com descargas de cimento já embalado, areia e pedras iguais às que se usa na linha do comboio. Chegamos a Paredes e a estação fica a sul do centro da cidade, rumamos a Penafiel e até lá vamos passar pela Quinta da Aveleda com uma paisagem repleta de videiras, isto do lado direito, do outro vemos uma pequena quinta de lazer e pouco mais, passamos por cima do rio Sousa e estamos na nova estação de Penafiel que fica retirada do centro bastante, fica agora perto de Santiago de Subarrifana, mas a antiga está preservada mais à frente em Novelas, aonde sempre foi, agora temos ai o estacionamento de comboios para que todos os dias de manha arranquem em direcção ao Porto. Avançamos no caminho e só temos monte pelos dois lados, só em Meinedo se vê casas e estamos em Caíde, fim dos Urbanos do Porto, uma estação dotada de 4 linhas, três de passageiros e uma de resguardo, os urbanos costumam parar na linha 3 e a 1 e 2 destinam-se aos regionais para o Marco, Régua ou Pocinho.

Passamos logo por um túnel nada pequeno e que nos põe numa paisagem totalmente rural e com vegetação, também pastos e algumas casas, passamos pela estação de Vila Meã que até é bonita e sem nada se alterar na paisagem estamos na Livração (Caldas de Canavezes), aqui temos a ligação à linha do Tâmega que finda hoje em Amarante, mas no período que escrevo só lá poderíamos ir nos autocarros de substituição porque a linha encontra-se encerrada temporariamente para obras de remodelação. Pouco muda nesta paisagem rural porque afinal já saímos do grande núcleo urbano do Porto e aqui passamos por terras sossegadas, vamos ter a companhia do nosso lado esquerdo da Linha do Tâmega quase até à ponte sobre o rio Tâmega, passamos dois túneis e estamos na estação do Marco de Canavezes e aqui finda o serviço Urbanos do Porto na teoria, na prática é em Caíde, No Marco encontramos uma Estação com 3 linhas de passageiros e algumas de resguardo, penso eu que três.

 

Se houvesse tempo tinha percorrido a linha até Caíde e voltado a Cête mas já se ia fazer tarde e fiquei por Cête, a viagem entre Cête e Caíde já a conheço, fi-la o ano passado por duas ocasiões, até passei pelo Marco. Mas isso é outra viagem. Quem ler isto ficará curioso por saber porque passei o texto todo a falar como se fossemos mais pessoas a fazer a viagem porque de facto fiz a viagem toda sozinho, porque quero dar a sensação que estamos todos a fazer a viagem, que nos deixemos levar pelo relato e imaginemos a paisagem e façamos uma viagem virtual.